No marco do Barça Football Coach Summit, os técnicos Nenad Bjelica (Dinamo de Zagreb), Franc Artiga (FC Barcelona Juvenil A), Juan Carlos Unzué (ex Girona FC), Jagoba Arrasate (CA Osasuna) Michel Sánchez (SD Huesca) e Lluis Cortés (FC Barcelona feminino) debateram sobre quais as possibilidades e margens para melhora que os atletas profissionais têm durante sua carreira.
O técnico croata abriu a conversa referindo-se aos dados palpáveis para perceber a melhora dos atletas. O valor da sua equipe, explicou, aumentou em cem milhões de euros nos últimos anos. Um valor que foi alcançado, aplicando seu sistema de trabalho, com base em 14 pontos que abrangem todas as facetas do grupo humano a ele atribuído.
Inculcar um modelo
Em conceitos esportivos, Bjelica admitiu que durante o ano, com um jogo a cada três dias, não pode inocular a ideia e automatismos de jogo para o grupo. Portanto, ele transmite todas as noções de sua filosofia na pré-temporada, onde não há um único exercício, nem mesmo a corrida contínua realizada sem bola. No entanto, para muitos jogadores, como confessaram, esses stages do verão foram os mais difíceis de sua carreira.
No restante da temporada, a possibilidade de melhora, continuou o técnico do Dínamo de Zagreb, está relacionada com os cuidados aos fatores humanos. Ele mantém a motivação do grupo com rotações, atribuindo um papel de liderança à maioria dos atletas, distribuídos nas três competições que participa. Dessa forma, no tratamento pessoal, ele consegue aplicar algo que aprendeu com Ginés Meléndez no Albacete, ter o atleta sempre “em dívida”. Concluiu que, não há um caminho mais rápido para que um atleta esteja “focado e disciplinado” e, de acordo com as palavras de Miguel Ángel Lotina, da grama à prática “não há de se fazer coisas excepcionais, mas sim simples e com perfeição”.