A repetição de situações de exigência máxima nos esportes de equipe
E se a situação de extrema exigência se repetisse mais de uma vez? Ao nos questionarmos sobre isso, voltamos nossa total atenção para este tema.
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entrarA chegada da ciência aos treinamentos em esportes de equipe modificou muitas das atuações e rotinas de preparação dos atletas. A quantificação de tudo o que acontece durante os treinamentos é um dos grandes objetivos dos técnicos. Trata-se de medir cargas de trabalho, tempos de recuperação, esforços necessários para conquistar estas adaptações entre outros. Já sabemos que é mais fácil avançar quando podemos medir o estado em que nos encontramos e no que desejamos chegar.
Entretanto, é possível que no monitoramento do campeonato e a condição física individual dos atletas estejam acontecendo alguns erros. Ao observar a proposta do professor Seirul lo, fruto de mais de 40 anos de pesquisas, reflexões e práticas com atletas, a avaliação de desempenho em esportes de equipe deveria levar em consideração alguns critérios. 1-6
As orientações para os treinamentos também deverão ser claras. Para Paco Seirul·lo,1 “durante os treinamentos deverão ser praticadas a auto-observação e autoavaliação, assim como o momento e a forma de comunicar as observações então realizadas. Estes comentários subjetivos devem ser praticados e confrontados tanto com os do técnico quanto com os de cada atleta e com os demais atletas. Seria extraordinário que também tivesse a participação dos atletas rivais, mas isso ainda é inviável. Se o técnico e os atletas têm esses critérios de observação bem claros, somente falta decidir em qual momento e qual a tecnologia que utilizaremos para cruzar essas informações valiosas que, com toda a segurança, são muito importantes para a otimização do atleta assim como para a sua própria prática, porque somente através do conhecimento racional sobre nossas ações, estamos em vias de poder modificá-las em outras situações e trata-se disso…, por isso consideramos muito válidas essas observações se preencherem os critérios acima indicados”.
No caminho do avanço contínuo dos atletas e das equipes, os próprios esportistas devem ser os protagonistas. Ninguém melhor do que eles para saber se há a necessidade de se modificar uma atividade, se o exercício já foi compreendido ou se a explicação foi suficientemente longa. Como sugere Julio Garganta, “cada vez mais é necessário, -desde a formação,– desenvolver uma cultura interna onde o atleta possa se expressar com autonomia e fazer a seguinte afirmação: com esta maneira de jogar ou nesta função tenho mais dificuldades em dar o meu máximo. Não falo de uma cultura abstrata, mas sim de uma cultura esportiva, uma cultura de ensino e treinamento, para que haja uma maior sintonia com o atleta e a percepção de que debaixo de uma camiseta existem pessoas, com crenças e convicções”.
Convém recordar um pensamento atribuído a Albert Einstein: Nem tudo o que pode ser contado conta e nem tudo o que conta pode ser contado. Nem mesmo nos esportes de equipe.
Carlos Lago Peñas
Referências:
1 Seirul·lo Vargas, F. (2001). Entrevista de Metodologia y Planificación. Training Fútbol.
2 Seirul·lo, F. (2009). Una línea de trabajo distinta. Revista de Entrenamiento Deportivo, 23(4): 13-18.
3 Seirul·lo, F. (1998): Valores educativos del deporte en D. Blázquez (ed): La iniciación deportiva y el deporte escolar (2ª edición), pp. 61-75, Barcelona: INDE.
4 Seirul·lo, F. (1993b): Preparación física aplicada a los deportes de equipo, Colección Cadernos Técnico-Pedagóxicos do INEF de Galicia, A Coruña: Centro Galego de Documentación e Edicións Deportivas.
5 Seirul·lo, F. (2010). Estructura sociafectiva. Documento INEFC – Barcelona. Tomado de: http://www.motricidadhumana.com/estructura_socioafectiva_doc_seirul_lo_Outline_drn.pdf
6 Seirul·lo Vargas, F. (1993). Preparación física aplicada a los deportes de equipo: balonmano. Cuadernos Técnico Pedagógicos de INEF de Galicia nº 7.
7 Durand, (M. (1988). El niño y el deporte. Barcelona: Paidós.
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